O processo de criação do pingente em cerâmica é um tanto quanto complexo. São várias etapas a serem percorridas até a peça final, que serão brevemente descritas a seguir.
Tudo começa com a modelagem da argila, que pouco a pouco vai se transformando. São empregadas várias técnicas para se obter formas e texturas. O momento da criação é mágico, expressamos o que sentimos, o que pensamos. Tentamos expor e transcender as emoções e energias ao idealizá-las. Com a etapa da modelagem concluída, as peças ficam secando até a queima de “biscoito”.
Um pingente sendo modelado.
Peças modeladas cruas e secas, prontas para ir para o forno.
Com o formato dos pingentes já definidos, peças essas cruas, são colocadas no forno, e então, é realizada a primeira queima, também chamada de queima de “biscoito”. Esse termo é bastante conhecido pelos ceramistas e se refere ao estágio de queimar as peças ainda sem esmalte e à baixa temperatura (~800ºC).
Forno a lenha Noborigama em processo de queima.
Com essa temperatura (~800ºC) a argila sofre alterações estruturais que a tornam mais resistente. Assim, é possível manipular as peças com mais firmeza sendo possível submergir as peças em água sem que estas se desmanchem.
Pingentes no forno após serem queimados a 800ºC (biscoito).
O esmalte é uma composição de diversos minerais que quando combinados e aplicados sobre as peças irão conferir após a queima as cores e as texturas nos pingentes.
Os esmaltes utilizados no atelier MiKi DESIGN são de autoria própria, sendo formulados, preparados e pesados.
A relação do ser humano com a natureza é uma questão que sempre está em voga em nosso modo de viver, pensar e agir.
Desta forma, preocupados e atentos com o meio ambiente nós utilizamos na composição do esmalte diversos minerais que não são prejudiciais à saúde (minerais não tóxicos) e cinzas de eucalipto, além de casca de arroz.
Cada esmalte tem sua fórmula, que por sua vez, definirá a sua cor resultante.
Seguindo a fórmula de um dos esmaltes, os minerais e as cinzas, em pó, são pesados individualmente e em seguida são misturados com água formando, assim, o esmalte.
O próximo passo é mergulhar a peça biscoitada, uma a uma no esmalte. Dependendo do resultado e o efeito que se almeja empregamos diversas técnicas durante a etapa da esmaltação. Como por exemplo, a sobreposição de esmaltes; a técnica do esgrafito; a pintura que confere um toque de personalização à peça etc.
Processo de esmaltação.
Processo de pintura.
Para se desenvolver um esmalte é necessário ter uma noção de conhecimentos químicos a fim de entender a reação dos componentes, bem como para acertar na coloração e nos efeitos que desejamos obter. É uma tarefa árdua e um processo longo até o resultado final, pois muitas vezes são realizados inúmeros testes em busca de uma fórmula ideal. Contudo, todo esse processo é algo fascinante para nós.
Após a esmaltação e a pintura, as peças retornam ao forno e serão queimadas à alta temperatura, que pode variar entre 1300ºC e 1400ºC. No atelier são utilizados dois tipos de forno, o forno à lenha Noborigama e o forno à gás. Cada forno tem suas peculiaridades e complexidades possibilitando efeitos de queima bastante divergentes.
Importante mencionar que durante a queima pode haver inúmeros fatores que podem alterar a atmosfera no interior do forno, tais como, a redução, a oxidação, o tempo de queima, a presença de cinza, da lenha, dentre outros.
Peças já esmaltadas e pintadas sendo enfornadas para a queima.
Forno a gás cheio de peças e pronto para a queima.
Forno a lenha Noborigama pronto para ser queimado.
Com a queima de alta temperatura, os minerais dos esmaltes se fundem e por meio de diversas reações químicas acontecem uma explosão de cores e texturas, dando vida e singularidade a cada pingente. Cada peça torna-se única e o resultado é uma grande surpresa.
Cone pirométrico (indicador de temperatura) durante a queima.
Variações de cores a partir do esmalte em pingentes finalizados.
Após a queima de alta temperatura, os pingentes estão prontos. E a partir daí inicia-se o momento de soltar a imaginação e a criatividade para a montagem dos colares e acessórios. Para a confecção destes, empregamos vários materiais, como prata, aço inox, couro, madeira, murano, pedra naturais, entre outros que são selecionados de forma criteriosa, pois primamos pela qualidade e quando combinados entre si tornam-se uma arte ímpar.
Mesa de montagem dos colares.
Cada peça é autoral levando consigo os traços marcantes da nossa marca MiKi DESIGN, ou seja, um pouco da nossa história, do nosso trabalho e da nossa dedicação. Prezamos por valorizar o singular em nossas criações e idealizar os anseios daqueles que amam e apreciam a “exclusividade”.
Joias com design autoral confeccionadas em cerâmica. Desde a criação até a peça final as joias da MiKi DESIGN são feitas com muita dedicação por Michele Saito e Kitaro Suenaga Jardineiro com aplicação de diversas técnicas, entre elas milenares. Cada joia é singular, com design expressivo e atemporal tentamos expor e transcender nossas emoções e energias ao idealizá-las.